sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Castelo de Leiria

.
Um dos aspectos mais interessantes do castelo de Leiria é o facto deste fazer como que a "transição" do castelo medieval (fortificação puramente militar) para o palácio como residência da família real (Palácio da Vila, em Sintra, ring any bell? :)
Na foto a arcaria gótica (restaurada) do Paço de D. João I.

VA - De Battre Mon Coeur S'est Arrêté Soundtrack (2005)

.
Foi a mais feliz das decisões incluirem na soundtrack diálogos extraídos do filme. Já perdi a conta ao número de vezes que ouvi a sequência: "Une Audition, Toi?" -> "Tu Commences A Me Plaire" -> J. S. Bach - Toccata En Mi Mineur, BWV914 [Caroline Duris] (Final Part).

Gabriel Yared - Troy [Rejected Score] (2004)

.
Ficaram famosos alguns casos em que scores foram rejeitados por realizadores ou produtores. Hitchcock descartou a banda sonora que Bernard Herrmann compôs para Torn Curtain (1966) (o que provocou inclusivé o fim da notável parceria do grande compositor com o lendário realizador). Stanley Kubrick também não gostou da BSO de Alex North para 2001: A Space Odyssey (1968) e substituiu-a por selecções de música clássica.
Temos agora um outro caso que, tudo indica, ocupará igualmente um lugar de destaque na História da música do cinema: a rejeição do score que Gabriel Yared compôs para Troy (2004), e sua substituição por outro da autoria de James Horner. Um autêntico crime! É um score épico, magnífico o de Gabriel Yared. Um dos mais grandiosos e bem elaborados dos últimos anos. Yared, um dos maiores compositores do nosso tempo e que tem o seu nome associado a scores inesquecíveis como The English Patient (1996), City Of Angels (1998) ou The Talented Mr. Ripley (1999) não merecia.

Walk The Line (2005)

.
Na semana em que vi o encantador Once (2006), parece-me muito oportuno fazer referência a outro filme em que a música desempenha o papel principal: Walk The Line.
Não sou propriamente grande fã do Joaquin Phoenix (nunca percebi porque raio foi ele escolhido para aquele papel no Gladiador...) mas tenho que reconhecer que neste filme esteve realmente muito bem. Quiçá a melhor performance da vida dele (muito por culpa, diga-se, do NOTÁVEL desempenho da Reese Witherspoon que, em muitos momentos, ofusca completamente o J. Phoenix). Aquela cena em June vem perante o público de pés descalços e não queria cantar a canção que Cash escolheu mas em que ele acaba por a convencer em pleno palco a cantá-la é, imho, um dos grandes momentos do filme (e do cinema contemporâneo!), a "química" entre eles resultou excepcionalmente bem.
Walk The Line é mais um filme que reforça a minha ideia de que 2005 foi realmente um ano incrível em termos de qualidade de produção cinematográfica.

The Maltese Falcon (1941)

.
«Now that's some tasty classic noir.»