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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
My Name Is Joe (1998)
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O outro dos meus realizadores de eleição de que vos quero falar hoje é Ken Loach. Como já escrevi sobre Rohmer que me fartei, vou ser um pouco mais sucinto em relação a Loach que é, nos dias que correm, indubitavelmente um dos nomes maiores do cinema britânico (e, por que não dizê-lo, mundial).
Tal como Rohmer apenas tive a oportunidade de ver uma pequena minioria dos trabalhos de Loach. Tal como Rohmer foi amor à primeira vista. A imagem de marca de Ken Loach são as questões e as diferenças sociais. O realismo com que as retrata. E é aqui que entra My Name Is Joe (1998).
Joe Kavanagh já não é propriamente novo, é desempregado, vive na zona mais pobre de Glasgow, tem um passado complicado que está decidido a deixar completamente para trás, parou de beber há dez meses e frequenta os Alcóolicos Anónimos. Boa parte do seu tempo é dedicado a treinar um grupo de amigos que devem constituir, sem grande exagero, uma das piores equipas de futebol amador de toda a Escócia. Joe conhece Sarah, uma assistente social, e apaixonam-se um pelo outro. Joe sente que Sarah representa, provavelmente, a sua última chance de encontrar a felicidade. Entretanto, Liam (um amigo de Joe) está em apuros por dever dinheiro ao traficante mais poderoso da cidade. Joe decide ajudar o amigo, só que "ajudar" nesse caso significa mergulhar novamente no submundo - o que colocaria em risco o recém-estabelecido romance, já de si complicado, com Sarah pois ambos parecem carregar decepções que os impedem de alimentar grandes ilusões no amor. Lembro-me de ver o filme pela primeira vez há imenso tempo na RTP2 e ter ficado completamente colado à televisão. O filme foi galardoado em vários festivais e Peter Mullan acabou mesmo por ganhar (justamente) o prémio para melhor actor no festival de Cannes pelo seu inesquecível papel de Joe Kavanagh.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_-0AnRLgDkRZWj8M720ZphGjnghRFawwLqZ7rFplP4wnSP2fabprS1SiHBC_IBSUAsDfMc_TsFhrY8XZ2i-ybpP9rfHmsGkD649PYb7OVruBhJQj_SjKOQ1rcRj9yPlVgaYo1wVZsMHM/s400/My+Name+Is+Joe+%281998%29.jpg)
Tal como Rohmer apenas tive a oportunidade de ver uma pequena minioria dos trabalhos de Loach. Tal como Rohmer foi amor à primeira vista. A imagem de marca de Ken Loach são as questões e as diferenças sociais. O realismo com que as retrata. E é aqui que entra My Name Is Joe (1998).
Joe Kavanagh já não é propriamente novo, é desempregado, vive na zona mais pobre de Glasgow, tem um passado complicado que está decidido a deixar completamente para trás, parou de beber há dez meses e frequenta os Alcóolicos Anónimos. Boa parte do seu tempo é dedicado a treinar um grupo de amigos que devem constituir, sem grande exagero, uma das piores equipas de futebol amador de toda a Escócia. Joe conhece Sarah, uma assistente social, e apaixonam-se um pelo outro. Joe sente que Sarah representa, provavelmente, a sua última chance de encontrar a felicidade. Entretanto, Liam (um amigo de Joe) está em apuros por dever dinheiro ao traficante mais poderoso da cidade. Joe decide ajudar o amigo, só que "ajudar" nesse caso significa mergulhar novamente no submundo - o que colocaria em risco o recém-estabelecido romance, já de si complicado, com Sarah pois ambos parecem carregar decepções que os impedem de alimentar grandes ilusões no amor. Lembro-me de ver o filme pela primeira vez há imenso tempo na RTP2 e ter ficado completamente colado à televisão. O filme foi galardoado em vários festivais e Peter Mullan acabou mesmo por ganhar (justamente) o prémio para melhor actor no festival de Cannes pelo seu inesquecível papel de Joe Kavanagh.
Conte D'Été (1996) & Conte D'Automne (1998)
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Já que falei hoje em Anthony Minghella, que é um dos meus realizadores favoritos, vou aproveitar a oportunidade e mencionar mais dois dos meus realizadores de eleição. O primeiro é o francês Eric Rohmer.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsx745bBeWZWl4T_yaut0DVomjgdeuNeYcf2ilbJOwjPdm9LNUnartEzATt2C6ZsnlyOs18dMtocGErNqYqvxA6It__BfY_XIGQX35FB96T_LrvpoMQJ6L9DKuSGa5tAzN9jrwv-TfNIg/s400/Conte+D%27%C3%89t%C3%A9+%281996%29+%26+Conte+D%27Automne+%281998%29.jpg)
O primeiro filme que vi deste que é, porventura, um dos últimos grandes mestres do cinema em actividade foi Les Rendez-vous De Paris (1995). E foi amor à primeira vista. O filme é de uma simplicidade e simultâneamente de uma beleza simplesmente atroz. Seguiu-se Les Nuits De la Pleine Lune (1984). Recordo-me mal do filme [vou revê-lo este mês :D] mas sei que gostei muito.
E aqui deu-se um hiato. Nunca me esqueci de Rohmer e do quanto tinha gostado daqueles dois filmes mas só bastante tempo mais tarde é que surgiu a oportunidade de regressar ao contacto com a sua obra, através de dois filmes que se inserem numa quadrilogia que ele dedicou às quatro estações e que escolhi como título para o post: Conte D'Automne (1998) e Conte D'Été (1996). Novamente toda aquela simplicidade, toda aquela beleza, toda aquela empatia com o realizador, como o modo como ele nos conta a história, com a importância que ele dá às relações inter-pessoais e um elemento novo e fundamental na sua obra que só me apercebi com estes dois filmes: os maravilhosos diálogos. Apesar de ter adorado os dois filmes, não posso deixar de dizer que o dedicado ao Outono é o meu preferido.
Mais recentemente vi Triple Agent (2004) e L'Anglaise Et Le Duc (2001). Gostei de L'Anglaise Et Le Duc. O filme decorre num período muito interessante e dá mesmo gosto ver o filme e seguir a história. Já o mesmo não posso dizer de Triple Agent (2004). A grande carga política que o filme tem acaba, in my opinion, por o "sufocar".
Lamentavelmente Eric Rohmer é, dos realizadores que mais gosto, aquele de quem menos filmes vi. Desde 1950 já leva mais de 50 filmes realizados e eu ainda só vi 6 :(
E aqui deu-se um hiato. Nunca me esqueci de Rohmer e do quanto tinha gostado daqueles dois filmes mas só bastante tempo mais tarde é que surgiu a oportunidade de regressar ao contacto com a sua obra, através de dois filmes que se inserem numa quadrilogia que ele dedicou às quatro estações e que escolhi como título para o post: Conte D'Automne (1998) e Conte D'Été (1996). Novamente toda aquela simplicidade, toda aquela beleza, toda aquela empatia com o realizador, como o modo como ele nos conta a história, com a importância que ele dá às relações inter-pessoais e um elemento novo e fundamental na sua obra que só me apercebi com estes dois filmes: os maravilhosos diálogos. Apesar de ter adorado os dois filmes, não posso deixar de dizer que o dedicado ao Outono é o meu preferido.
Mais recentemente vi Triple Agent (2004) e L'Anglaise Et Le Duc (2001). Gostei de L'Anglaise Et Le Duc. O filme decorre num período muito interessante e dá mesmo gosto ver o filme e seguir a história. Já o mesmo não posso dizer de Triple Agent (2004). A grande carga política que o filme tem acaba, in my opinion, por o "sufocar".
Lamentavelmente Eric Rohmer é, dos realizadores que mais gosto, aquele de quem menos filmes vi. Desde 1950 já leva mais de 50 filmes realizados e eu ainda só vi 6 :(
Breaking And Entering (2006)
Lock, Stock... (2000)
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A television series based on the film by Guy Ritchie. As alhadas em que estes quatro se metem, minha nossa... :)
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![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBHJo4r7bDs0dNI1ayMmRN1avF_uNQYV2cDy6Uyr_Jf5AKVW2nbq8bsCrxhXtdkOSuySbgxPZqFHq4Q3TguiIR1P3lJfPkSFMUmNVS63D3aD7VCvJd0V35RxFJt-gIOlUP8hMN0MdWZKU/s320/bscap0002.jpg)
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![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzPXTAlkrwIJjMRch07_4SIs5kDLPolQ_4PH-C8sQH0rTP0x5zRBOCc2NOSxGYHsV1aecJHUKinURCKPzWKRvbGsejJOKdWnCV2ocNNRXWqEXi-EOs2TYe-ZbZzfcERhsZdsndCuFzccI/s320/bscap0006.jpg)
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